Hoje estou meio sem jeito, sem senso, sem tempo e sem talento para lhe escrever, sei que me pego todos os dias no abafamento de descobertas, de sentimentos que por ti insistem em aparecer, não há uma formula, matematicamente falando, para lhe provar quantas vezes eu pensei em você, ou quantas vezes procurei ver seu nome na rua ou até quantas vezes eu senti seu cheiro ou te ouvi falando: “Presta atenção nisso, amor.”. E se cada vez que algo assim me acontecesse fizesse um ‘x’ num papel? Talvez os papeis acabassem em menos de 1 hora, as tintas das canetas, os lápis se esgotassem. Mesmo assim algo passaria despercebido, como quando não estou pensando exatamente em você, porém os pensamentos estão ligados a ti. Imito suas manias e seus gostos, sem perceber repito suas frases preferidas, escuto sua voz me motivando, ou sinto seu abraço apertado. Incontrolavelmente eu não sei o que lhe dizer, acho que sejam mais compreendidos os gestos que as, pobres, palavras: carinhos, abraços, beijos, um simples cafuné no fim de tarde ou assistindo um filme, aquele beijo profundo de saudades ou de despedida, aquele aconchego deitados deixando o tempo passar.
Falar ‘te amo’ é tão profundo e tão pouco em sua magnitude, o peso distribuído à frase de tão complexo, é simples, um simples doce, fácil e rápido, que poucos entendem, e interpretam. Poucos possuem a sensibilidade que lhe é necessária, acham no amor a oportunidade de não estarem sós, não, todavia, de estarem acompanhados . Meu amor vai além das linhas, dos limites impostos por alguém que não amou, meu amor transborda meu ser, minha vida. O amor que carrego por mim me faz te amar, pois se bem me amo, amo a ideia de te amar e ser amada. Recíproco ou não o amor tem essa função encontrar no outro o que melhor nos preenche, nos completa, no que nos pode ser agregado sem perda, sem prejuízo, pois vê no defeito o ensejo de melhorar-se.
