Os Amoladores de faca

Os “Amoladores de Facas” estão por toda parte, no cotidiano do brasileiro, no dia-dia do trabalhador, do estudante, estão na TV, no jornal, na escola, do nosso lado, às vezes somos nós mesmos. É a vizinha que se diz respeitar as diferenças raciais, mas não aceitaria  que seu filho se case com uma negra, é o religioso, o padre, o pastor. É o artista que não tem preconceito contra homossexual, porém é o mesmo que seus filhos jamais serão, pois tiveram uma boa criação. São também cientistas com verdades absolutas, os mesmos que destacaram os negros como sub-raças, aqueles que apagam a luz do conhecimento com pré determinações, apagam a vida do outro pela própria razão do seu modo de viver.

São eles homens, mulheres, crianças, adolescentes e idosos, ingênuos, amoladores de facas, que premeditam o crime, fortalecem ações que destroem, ridicularizam, lesam vidas de pessoas. Discursam moralidades, alimentam autoritárias opiniões na construção histórica sociopolítica do homem no olhar para o outro, se camuflam no ato genocida, discriminam e desqualificam a subjetividade, no modo do outro existir como particularidade. As consequências da vida como castigo ou dádiva e não como penas como cada modo de viver como cada jeito de ser.

São os “amoladores de Facas” que entregam as armas aos criminosos, que dá a esses a circunstância, o método e o meio para que seja realizado. Graças a eles que, são homossexuais, negros e mulheres, vítimas de violência físicas, verbais e sociais e essas violências foram, são e serão aceitas até quando existir “amoladores de facas”.

Não se deixe ser mais um, de tantos, amoladores de faca. Não aceite participar da crueldade do mundo, da intolerância do homem ao próprio homem, não seja um instrumento que fere ou é utilizado para ferir. Você como ser humano seja diferente dos seres humanos, não dissemine o preconceito, a arrogância, o desprezo e o crime... Amoladores de faca não acreditam em 'modos de vida', pois não aceitam que outros sejam felizes vivendo diferente de si. Viver 'diferente' só pode dar frutos de uma vida de sofrimentos? - Para os amoladores sim, não há felicidade em ser diferente, pois quem é diferente só pode ser castigado pela vida.

Vamos aceitar o viver de cada um, cada ser é único porque pensa, reflete, se comporta e vive diferente, não há padronização de pessoas, muito menos da felicidade. Podemos escolher não sermos "AMOLADORES de FACA", porém não podemos escolher ser ou não feridos por essas mesmas facas. 

Texto de apoio: “A Atriz, o Padre e a Psicanalista- Os amoladores de faca” - Luis Antonio Baptista.

Aquela Noite

O vento que passava pela janela

Assobiava como trilha sonora

Soava musical naquela hora
Rimava com os suspiros dela
Suaves dedos
Em sua pele com cautela

(...)

Ah, aquela noite!

De tantos beijos ardentes

Suor dos ventos quentes

Deitados na profunda imensidão,

Como Eva e Adão

(...)

Ah, aquela noite!

Minha fé.

Minha fé me levanta, me segura. Minha fé me move, me faz caminhar, minha fé me faz amar, me faz aguentar as garras do mundo, me fortalece da injustiça, me defende das crueldades, minha fé me livra da infelicidade.

Minha fé me faz acreditar no amor, na paz, na compaixão. Minha fé me aproxima pessoas boas e afasta de mim quem só me quer mau.
Eu levo minha fé, levo comigo dentro do peito para onde eu for, para longe se preciso for.
Minha fé é inabalável as maldades que me perseguem, é invencível as destruição do mundo.

Tenho minha convicção que há alguém que nos guarda, que nos olha, nos protege e que quando sofremos esse alguém nos acolhe, nos fortalece e nos enche de esperança, pois há sempre um caminho melhor. É por isso que minha fé me segue, percorre minha vida e alcança além da minha existência.

É a fé que leva o homem há bondade, a compaixão. A fé além da religião, a fé na vida, a fé que nos faz acreditar que há sim uma saída para as dores que o mundo nos causa. Essa fé que nos impulsiona para frente, que nos ergue da queda.

Eu tenho fé e você?