quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Querido John- Crítica

Recentemente terminei de ler o romance ‘Querido John’ de Nicholas Sparks. Sei muito bem que o livro já esteve nas mãos de todos e que foi bem elogiado e vendeu como água, além do filme que foi lançado, que nada posso dizer já que não assisti. Porém devo confessar que em termos de livros sou tradicional, prefiro saber o mínimo possível para ter a emoção da descoberta. Devo dizer que me surpreendi com o livro, negativamente sendo bem sincera.

Sou uma daquelas garotas, como qualquer outra, que adora romance. Acho mágico ver um sentimento tão nobre nas obras. Porém gosto de romances épicos, sobrenaturais, aqueles dos quais estremecemos só de pensar, um amor tradicional cheio de suspense e trocas de olhares penetrantes, corações que transbordam de paixão, sensualidade, sedução, desejo, encontro de corpo, o toque e até de certa forma impossível. Isso nos fascina, nos deixa desejando de ter um amor igual, por mais que não seja real é bom imaginar que possamos passar por algo surreal em que a maiorias das pessoas nunca vão saber o que isso significa.

Sem discutir a veracidade dos livros de romance, o que me chocou até certo ponto foi a frieza, a distância que autor coloca o personagem é tudo muito monótono. Um amor de verão que nunca dará certo porque ninguém vive apenas de verão. As palavras são sem emoção, até as cartas que deveriam dar mais sentimento ao livro, são vazias. Eu sinceramente achei que o autor nunca havia se apaixonado, parece mais que ele perguntou para um amigo como é se apaixonar e escreveu o livro pelo que aprendeu pesquisando sobre o que é amor, no Google.

Muitas pessoas subestimam um livro de romance, acham que é apenas uma historinha de amor em que o casal troca mensagens bonitas e declarações. O romance tem que vim acompanhado de drama, porque o ser humano é dramático e quando amor aflora esse drama tende a aumentar. Os conflitos, os medos de ter um amor não correspondido e tudo isso a flor da pele e não simplesmente deixar as coisas rolarem, isso de deixar fluir só funciona na vida real, no livro eu quero ver tristeza, depressão, felicidade, paixão ardente, tudo muito épico e exagerado. Quero sentir que é um amor único e que meros mortais não sentem tamanho amor e paixão, se é para ver coisas normais eu leio as mensagens de um celular de um casal e não um livro de romance. Tenho muita dificuldade de achar livros com esse tipo de romance estilo ‘Romeu e Julieta’ de Shakespeare, as pessoas escrevem qualquer obra vazia, sem fundamento, superficial e é bem elogiado, bem vendido, porque as pessoas são iguais ao autor sem imaginação, superficiais e vazias até na paixão e no amor, infelizmente.

2 comentários:

  1. Muito profundo! Parabéns.
    Depois olha os novos textos em meu blog → http://diogo-pimenta.blogspot.com.br/ Espero que goste.

    Um forte abraço e fica com Deus.

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  2. Pensei que só eu tinha odiado o filme..não li o livro mas uma amiga me convidou pra assistir o filme e eu detestei..beijo mari

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