Sempre foi um papel difícil
decifra as pessoas e, aparentemente, isso tem se tornado muito mais complicado
é quase necessário se tornar um profissional para isso, quase um '007'. A vida
tem girado cada vez mais em torno das redes sociais, o que tem suas vantagens:
aproximação, “entre aspas”, melhor comunicação, desmoronamento das fronteiras
físicas, abertura de possibilidades e novas oportunidades, entre outros. Porém é,
incrivelmente, inacreditável como as pessoas são tão iguais nessas redes.
Somos iguais a todos, o sistema
nos deixam iguais. Sabemos que o consumismo alterou nosso modo de representação
social, a ideia da padronização nos tamanhos dos calçados e roupas, até na
moda, nas normas de etiqueta, o ‘direito’ de todos, pois somos iguais perante a
lei e tão desiguais perante a vida. Essa trajetória do sistema capitalista visa
o homem com potencial de consumo, aderir à sociedade a um padrão facilita a
proposta de mercado e aumenta o lucro, já que o lucro está diretamente
relacionado à quantidade e ao tempo gasto para produzir. PRODUZIR COISAS
ESSENCIALMENTE IGUAIS, PARA PESSOAS IGUAIS, é uma tacada de mestre, se gasta
menos tempo e energia mental sem a necessidade exclusivista da grande massa
populacional.
Fiz essa volta toda, por uma boa
causa, pegando o ‘fio da meada’ fica mais fácil entender essa idealização da
igualdade, não falo da igualdade polêmica, mas da igualdade de personalidades,
de gostos, de comportamentos. É preciso agir igual, gostar igual, pensar igual
para ser devidamente aceito, para se sentir incluído na vida social. Essa
necessidade toma conta de todos nós, nos limita, nos prende ao padrão regido
severamente por essa brutalidade chamada sociedade.
Por muitas vezes agir por si só
causa medo e insegurança, fazer aquilo que lhe parece melhor quase nunca é
aceito, surge então às máscaras. Escondemos-nos atrás das máscaras em busca de
um refúgio, disfarçando a própria vida, se não é possível romper com nossas
pulsões, desejos, escondê-los nos parecem mais digno, as redes sociais é um
contemporâneo exemplo de fingimento da vida alheia. Nas redes sociais temos
qualidade morais, odiamos exclusão, somos caridosos e não temos preconceito,
amamos as pessoas como elas são.
E na vida real? Ai vem os
discursos altamente preconceituosos, só interage com pessoas ‘teoricamente’
iguais e é totalmente intolerante a tudo que é diferente. Fingir aceitar as
pessoas como elas realmente são, é fácil. Difícil mesmo é saber respeitar as
diferenças sem fingir.
Eu também estou passando por um momento assim, de indignação com as redes sociais, mais especificamente contra o Mural politicamente correto de muitos. O duro é a gente conhecer as pessoas e saber o quanto elas se vitimam escondendo-se atrás de frases feitas, ignorando que muitos sabem que na realidade ela está bem longe de ser perfeita. Virou padrão agir igual, como você cita em seu texto.
ResponderExcluirDifícil é manter a coerência no meio de tanta gente que discursa igualdade sem um pingo de honestidade na opinião.
Belo texto!
Beijos!
Verdade, concordo plenamente!! É triste essa ilusão na vida das redes sociais... O pior que muitas vezes nos submetemos a isso e nem percebemos!
ResponderExcluirAdorei a imagem! Tudo a ver com a nossa sociedade.
ResponderExcluirNas redes sociais as pessoas vivem postando frases de efeito, falando isso e aquilo que é correto, mas na vida real fazem tudo contrario ao que falam.
oi linda estou te seguindo se der segue o meu ele e edgalodoido um abraço
ResponderExcluirOlá Mariane,
ResponderExcluirTudo começa como algo revolucionário e sem percebermos aquilo vai se moldando ao sistema é como se houvesse uma autoproteção do sistema, tudo muda para ficar como esta. E pessoalmente acho inútil lutar contra isso, devemos investir nossa energia em direção à abertura de nossa consciência. Infelizmente não podemos ir morar em Plutão então como dizia o filosofo Henry David Thoureau “A opinião publica é uma tirana débil se comparada à opinião que temos de nós mesmos”. O verdadeiro rebelde não é o que explode o sistema, o verdadeiro rebelde é como um vírus entra no sistema e vai minando toda sua estrutura.
Saudades,
BJAUM.